Há muitos anos, as
diversas instituições procuraram organizar e gerir os documentos com o objetivo
de responder, em primeiro lugar, às suas necessidades administrativas. Uma delas
é a atividade de organização, no qual
utilizamos a classificação como auxílio. As primeiras ações de classificação de
documentos, então em virtude do seu carácter diplomático, financeiro ou
administrativo. A classificação é uma atividade estruturante da organização dos
documentos, importava estabelecer então, tal como hoje, um sistema de
classificação capaz de gerir eficaz e eficientemente a informação produzida pelas
diversas entidades, visando o seu entendimento e controle.
Antônia Heredia
Herrera definia a classificação como a ação de separar ou dividir um
conjunto de elementos estabelecendo classes ou grupos, sendo aplicável à
totalidade de um fundo ou a secções desse fundo.
Tradicionalmente,
a estrutura orgânica tem sido a referência, quer na elaboração de planos de
classificação, quer na identificação e definição da operação da classificação,
umas vezes conjugada com a estrutura funcional do fundo, outras vezes
integrando assuntos. A estrutura orgânica tem sido a referência, quer na
elaboração de planos de classificação, quer na identificação e definição da
operação da classificação, umas vezes conjugada com a estrutura funcional do
fundo, outras vezes integrando assuntos. Mas tal não reúne o consenso e, na
verdade, não são novas as críticas aos princípios da proveniência e da ordem
original colocadas por alguns arquivistas.
Pretendendo
efetuar uma análise da classificação da informação arquivística da administração
local nos países ibéricos, comparando o Plano de Classificação para a
Administração Local, em construção para Portugal, procurando responder a uma nova administração
pública, desenvolveu, no âmbito do Programa Governo Eletrônico e
Interoperabilidade, os projetos Meta-informação para a Interoperabilidade (MIP)
e a Macroestrutura Funcional (MEF) para a Administração Central do Estado que
se estendeu a toda a Administração Pública. A Metainformação para a
Interoperabilidade é um conjunto de elementos de meta-informação definidos com
o intuito de suportar a interoperabilidade semântica no contexto da produção de
informação dentro do Governo Eletrônico, enquanto a Macroestrutura Funcional constitui
a normalização relativa ao elemento do MIP código de classificação, que
visa identificar o posicionamento do recurso de informação. Deste modo,
desenvolveu-se, com a Macroestrutura Funcional (MEF) para a administração
pública, uma representação das funções e subfunções desempenhadas pelos distintos
organismos, visando apoiar a elaboração de planos de classificação funcionais.
A Macroestrutura Funcional tem na sua gênese um modelo conceitual que assenta
na definição de quatro domínios de funções:
• Funções de
apoio à governação;
• Funções de
suporte à gestão de recursos;
•
Funções normativa, reguladora e fiscalizadora;
• Funções produtiva
e prestadora de serviços.
Atualmente já
não se pode entender a classificação como a função que se ocupa dos documentos
de um fundo, isto é produzidos no âmbito das atividades de uma organização,
tendo por base os princípios arquivísticos da proveniência e do respeito pela
ordem original. Ainda é bem visível, em muitos organismos da administração
pública, a separação entre a produção e a gestão da informação e dos documentos
produzidos nas diversas unidades administrativas e a gestão pós produção dos
documentos acumulados, resultantes das atividades que desenvolvem.
Os principais pontos abordados nas respostas da atividade proposta
"Classificação da Informação" foram:
*As dificuldades da classificação funcional, tais como a identificação clara dos órgãos/unidades e as funções;
*A identificação de processos de negócio implicadas na adoção dos princípios de: interoperabilidade, transversalidade, granularidade, completude, exogeneidade e respeito pela função.
*As dificuldades da classificação funcional, tais como a identificação clara dos órgãos/unidades e as funções;
*A identificação de processos de negócio implicadas na adoção dos princípios de: interoperabilidade, transversalidade, granularidade, completude, exogeneidade e respeito pela função.
Pontos importantes para discutir em sala:
- Explicar um pouco sobre a estrutura orgânica
- Estrutura funcional do fundo
- Conceito da MEF
- A estrutura da classificação e os meios que ele chegou a ela
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